A HISTÓRIA DO SUBLIME CAPÍTULO FILOSÓFICO PAULISTANO

Nascido Octaviano du Pin Galvão Filho a 20 de fevereiro de 1.921 na cidade do Rio de Janeiro, foi o primogênito do Dr. Octaviano du Pin Galvão, advogado e Procurador do Estado do Rio de Janeiro, e de Dna. Avany Soler do Couto Galvão. Sua célula familiar completou-se com um irmão mais moço, Mario Newton. Tendo apenas o segundo grau completo como educação formal, ainda muito jovem dedicou alguns anos à militância na vida artística – sua real e mais sincera vocação profissional – atuando como ator e “chansonier” em Circos, Teatros de Revista e Cassinos, muito populares nas décadas de ‘30 e ‘40. Talvez por não resistir às pressões advindas da família, de classe média alta e de origem considerada “de estirpe”, terminou por abandonar o Rio de Janeiro refugiando-se em São Paulo – Capital onde iniciou outra atividade profissional, na área comercial da U.S. Steel Export Corporation.

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Em abril de 1.947, casa-se com Hilda De Santi, filha de imigrantes italianos e natural de Avaré (SP), uma união de 51 anos e da qual resultaram dois filhos: Octaviano e Mariangela. Dedicou-se por mais de trinta anos à Indústria e ao Comércio de Produtos Siderúrgicos, inicialmente como empregado, depois como autônomo e, finalmente, como empregador; habilitou-se em nível técnico em Metalurgia e em Administração, através de cursos livres oferecidos a profissionais do ramo na década de 60. Ao longo de vinte anos – 1.949/1.969 - dedicou-se ao trabalho associativo de classe, tendo sido dirigente do Sindicato dos Empregados Vendedores e Viajantes do Est. de São Paulo e, também, na Associação dos Representantes Comerciais do Est. de SP. De 1.970 a 1.978, foi representante do SICETEL – Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação do Estado de São Paulo no Centro das Indústrias do Estado de São Paulo. Entre 1.979 e 1.983 foi convidado para – em cargo de confiança – servir ao Município de São Paulo, inicialmente à Câmara de Vereadores do Município de São Paulo, na chefia do Gabinete da Assessoria da Presidência, posteriormente no Gabinete do Secretário Municipal de Transportes e, subsequentemente, no Gabinete do Prefeito, como Chefe de Gabinete da Presidência da extinta CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos. Entre as várias mostras de atenção das quais foi alvo, no decurso de sua militância corporativa e no Serviço Público, destacam-se:

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• Distintivo de Ouro e Título de Sócio Benfeitor, concedidos pela ARCESP em 01/10/1969;

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• Medalha Carlos Gomes e Diploma de Reconhecimento, oficializados pela Prefeitura Municipal de Campinas (SP), recebidos em 09/07/1980;

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• Medalha do Proclamador e Diploma de Mérito, sancionados pela Secretaria da Educação e Cultura do Governo do Estado do Paraná, entregues em 07/09/1982

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De 1983 até 1998, quando faleceu, volta a dedicar-se exclusivamente à iniciativa privada, como Sócio-gerente e Diretor Administrativo e Financeiro de Microbase Integração de Sistemas em Informática Ltda. e Microbase Sistemas de Informação e Comércio Ltda., empresas nacionais do ramo de tecnologia da Informática juntamente com seu filho mais velho.

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Mas foi como o “Irmão Galvão”, o “Chefe”, como ficou carinhosamente conhecido, participante ativo por quarenta e cinco anos da Ordem Brasileira da Franco Maçonaria, é que sua verdadeira essência encontrou espaço par vir à tona, desafiando-o ao estudo e à pesquisa perseverantes, o que lhe valeu o respeito e o reconhecimento de todos os que o cercaram, como um dos mais dedicados e profundos conhecedores e destacados membros desta sociedade a seu tempo. Iniciado em 1º de dezembro de 1.953 pelo Rito Escocês, Antigo e Aceito, na então “Loja Capitular Rangel Pestana”, Oriente da Capital do Estado de São Paulo, é elevado a Companheiro e exaltado como Mestre no ano seguinte, obtendo depois os Graus 4 a 18 até março de 57. Nesta oficina integrou a Comissão Cultural e foi Grande Orador do “Sublime Capítulo”, cumprindo ainda o mandato de seu Deputado na Soberana Assembleia Federal Legislativa do Grande Oriente do Brasil. Filiou-se, depois, à tradicional “Loja Simbólica 14 de Julho” do Rito Moderno, igualmente com sede no Oriente da Capital do Estado de São Paulo, na qual desempenhou diversas funções, inclusive a de Venerável Mestre em quatro exercícios consecutivos, de 1.976 a 1.981.

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Como articulista, colaborou no Boletim Oficial do GOSP, na Gazeta Maçônica e em outros órgãos da Ordem. Orador experiente, pensador reconhecido, pronunciou inúmeras palestras em Lojas de todo o Estado de São Paulo sobre assuntos institucionais. Mestre instalado e reconhecido no último Grau do Rito Moderno participou, ativa e estreitamente, dos seus “Trabalhos Filosóficos”, criando e presidindo, em sua fase inicial, o Grande Conselho do Rito Moderno do Estado de São Paulo. Em 08/10/1984 é nomeado Grande Secretário das Relações Internas – Adjunto do Grande Oriente de São Paulo. Nesta qualidade, integrou como “Dignidade” e presidiu diversas Comissões de Regularização de Lojas e de Sagração de Templos Maçônicos. Exonerado em julho de 1.985, por haver recebido nomeação para a função de Delegado Estadual do Supremo Conselho do Rito Moderno, foi também empossado como Grande Inspetor e Membro Efetivo e Vitalício daquela Alta Câmara Filosófica – Oficina Chefe do Rito Moderno. Em junho de 1.998, já debilitado em sua saúde, pediu transferência de sua efetividade para a condição de “Emérito”.

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Desde 1.958, pela “Loja 14 de Julho”, foi eleito para diversos mandatos alternados de Deputado na Poderosa Assembleia Estadual Legislativa do Grande Oriente de São Paulo. Teve ali atuação destacada e em 1.988, por motivos de saúde, renuncia ao encargo. Em 31 de julho de 1.993, através da Resolução No 03/93, é lhe concedido o Título de Membro Honorário daquela Casa de Leis. Em 18/11/1.991, através do Ato No 052/91 expedido pelo Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, é designado para Conselheiro Honorário do Ilustre Conselho Estadual, cargo para o qual foi confirmado e reconduzido em 1.995 e que exerceu até 1.998. Durante seus muitos anos de atividade maçônica, inúmeras foram as demonstrações de apreço que lhe foram dedicadas, entre as quais se destacam:

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• Emérito e Benemérito do Grande Oriente do Brasil;

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• Irmão Benemérito Remido de sua Loja 14 de Julho;

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• Venerável “Ad-Vitam” de sua Loja 14 de Julho;

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• Membro Honorário da Centenária “Loja Firmeza” de Itapetininga (SP);

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• Membro Honorário da “Loja Construtores Sociais” de Santos (SP);

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• Membro Honorário da “Loja Estrela de Santos” de Santos (SP);

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• Membro Honorário da “Cavalheiros de Santo André” de Santo André (SP);

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• Membro Honorário da “Trolha Andreense” de Santo André (SP);

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• Membro Honorário da “Giuseppe Garibaldi” de São Paulo (SP);

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• Membro Honorário da “Manoel Tavares de Oliveira” de São Paulo (SP);

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• Membro Honorário da “Ordem e Progresso” de São Paulo (SP);

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• Membro Honorário da “1º de Maio II” de São Paulo (SP);

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• Membro Honorário da “Sentinela Paulista” de São Paulo (SP);

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• Membro Honorário da “Themis Paulista” de São Paulo (SP);

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• Comenda “Carlos Gomes”, da vetusta “Loja Amizade” de São Paulo (SP).

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Enumeram-se em ordem cronológica as láureas maçônicas que recebeu:

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• Medalha “José Bonifácio”, insígnia mor do Grande Oriente de São Paulo - Colegiado, concedida em 1.981;

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• Medalha “Gonçalves Ledo”, a mais alta condecoração do Grande Oriente de São Paulo, conferida em sua instauração;

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• Título de “Grande Benemérito da Ordem”, entregue em 29/07/1.991;

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• Condecoração da “Estrela da Distinção Maçônica”, recebida em 25/01/1.992;

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• Título de “Defensor Perpétuo do Rito Moderno”, conferido pelo Supremo Conselho do Rito Moderno no 150º aniversário de sua fundação, recebido em 14/12/1.992;

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• Condecoração da “Cruz da Perfeição Maçônica”, outorgada em Brasília pelo Ato N o. 21 do Soberano Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, entregue em 03/04/1.993;

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• Comenda da “Ordem do Mérito Dom Pedro I”, galardão máximo do Grande Oriente do Brasil, outorgada em Brasília pelo Ato No. 1008 de seu Soberano Grão-Mestre, entregue em 29 de julho de 1.998;

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• Comenda “Defensor Perpétuo do Rito Moderno”, galardão máximo do Supremo Conselho do Rito Moderno no Brasil, outorgado postumamente em São Paulo, através do Ato de seu Soberano Grande Inspetor Geral, em 24 de abril de 2.015;

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Em 12 de outubro de 1.998, aos setenta e sete anos, vítima de complicações respiratórias e de trombose, falece em São Paulo, Capital, terra que adotou como sua honrando-a com o seu trabalho e dedicação; que aprendeu a amar e a respeitar; na qual criou seus filhos e onde fez centenas de “verdadeiros irmãos” e de amigos sinceros. Por fim, após sua morte, por sua perseverança e dedicação, foi honrado mais uma vez, por ter seu nome atribuído ao Sublime Capítulo Filosófico Paulistano.